Nos últimos cem anos a população do mundo cresceu num ritmo alarmante, passando de cerca de dois bilhões e meio em 1950 para mais de sete bilhões atualmente. Só esse fator por si só, já gera uma tremenda pressão sobre o recurso natural mais essencial à vida, a água doce.
Em paralelo a isso, temos a concentração de grandes grupos populacionais em determinadas regiões e os efeitos devastadores e acumulativos da poluição sobre o clima, causados principalmente pelas diversas atividades humanas, sejam elas: industriais, mineração, esgotamento sanitário, geração de energia, agro-pecuária e até mesmo o lazer. Essas atividades têm contribuído sobremaneira para a devastação das áreas verdes, rios, lagos, mares e até para o derretimento das calotas polares, sem falar da poluição do próprio ar. Esses fatores acumulados geram uma aceleração das causas naturais do aquecimento global e culminam num ciclo vicioso de uma menor oferta de água potável.
Atualmente na região Sudeste do Brasil, vivemos esses reflexos com intensidade, com uma seca tão prolongada, que modificou a paisagem de diversas cidades situadas ao longo de grandes rios caudalosos e de represas gigantescas, principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Algumas dessas represas chegaram praticamente a secar, deixando de gerar eletricidade e o pior então aconteceu, em alguns lugares populações inteiras, passaram a ter que ser abastecidas com carros pipa e isso tudo aconteceu praticamente em menos de dois anos.
Hoje por exemplo estima-se que só um dilúvio, pode repor integralmente as represas que abastecem a cidade de São Paulo em curto espaço de tempo.
Esses eventos no Sudeste não são fatos isolados, ao mesmo tempo observam-se eventos climáticos extremos em outros lugares do Brasil e ao redor do mundo.
Em vista disto, é muito importante revermos os nossos conceitos do uso dos recursos naturais, principalmente o uso da água. Faz-se necessário entender que o uso não racional desse recurso, pode levar à escassez e até a falta completa em grandes regiões.
Algumas medidas simples podem ser tomadas por todos nós, entre elas destacamos:
- Levantar o perfil pessoal de consumo e analisar onde é possível diminuir, mudando hábitos, por exemplo, adotar tempos menores para banhos e fechar a torneira enquanto escova os dentes;
- Reparar eventuais desperdícios das instalações hidráulicas de residências e empresas;
- Adoção de equipamentos economizadores de água na cozinha e instalações sanitárias;
- Usar vassoura e não mangueira para limpar calçadas e pátios;
- Lavar o carro com balde e não com mangueiras e turbo jatos;
- Proteger os mananciais existentes, de modo a garantir o fornecimento de água;
- Evitar queimadas;
- Plantar árvores para minimizar os efeitos do desmatamento;
- Disseminar as boas práticas no consumo da água;
- Descartar o lixo nos lugares adequados;
- Usar menos papel;
- Praticar o consumo responsável, diminuindo os impactos ambientais da produção industrial.
Faça a sua parte o planeta e as gerações futuras agradecem!